Eu já acompanhei muitas empresas que subestimaram o início de um novo gestor. O onboarding, nesses casos, parece só um apanhado de informações desencontradas. Mas, quando bem executado, transforma líderes, equipes e a própria empresa. Hoje, quero compartilhar como vejo as cinco etapas desse treinamento, já que venho sentindo na pele (e na rotina) a diferença de um onboarding cuidadoso. Trago observações tanto do mercado quanto do que vi clientes da Taggui RH vivenciarem na prática.
Todo gestor tem um primeiro dia. Mas poucos têm o primeiro dia certo.
Por que o onboarding de gestores precisa ser estruturado?
Nas organizações, especialmente nas maiores, vejo um desafio curioso: gestores chegam cheios de energia, mas, sem direcionamento, podem se perder. O Ministério da Gestão investiu forte na capacitação de novos líderes públicos, formando dezenas deles só no último ano, e isso já gerou resultados concretos: integração mais fluida e tomada de decisão mais ágil (captação de servidores públicos). Em minha experiência, o segredo está nas etapas, e não em processos longos ou cheios de frases de efeito.
As cinco etapas para um onboarding de novos gestores
Gosto de pensar que cada passo prepara o terreno para o próximo, mas raramente tudo acontece de forma linear. Às vezes, ajustes são necessários. O que importa mesmo é respeitar cada fase, por mais simples que pareça.
1. Acolhimento e integração pessoal
No começo, o gestor não precisa só de informações, precisa sentir que pertence.
- Apresentações personalizadas: Prefiro encontros curtos com membros chave do time e áreas parceiras do novo líder. Ajuda a quebrar o gelo.
- Ambiente receptivo: Mensagens simples de boas-vindas e um kit de integração já fazem enorme diferença.
- Acesso à cultura da empresa: Vale mostrar histórias reais, não apenas slides institucionais.
Sentir-se visto e ouvido acelera o engajamento.
Neurociência já indica que relações sociais bem construídas aumentam a performance coletiva (relacionamentos e performance).
2. Comunicação das responsabilidades e metas
Vi gestores frustrados por não entenderem o que se esperava deles. Evitar isso significa desenhar, logo no início, as tarefas e o estilo de liderança desejado.
- Papel do gestor: Prefiro esclarecer, com exemplos práticos, o que é esperado no cotidiano e em situações de crise.
- Metas claras: Listar objetivos imediatos, mas também mostrar onde a liderança se encaixa na estratégia da empresa.
3. Imersão nos processos internos
Essa etapa, na minha opinião, deveria ser menos sobre regras e mais sobre compreender o funcionamento real dos fluxos.
- Mapeamento dos processos essenciais: Muitas vezes, uma caminhada pelos setores e o contato direto com sistemas como o da Taggui RH já são suficientes para entender onde estão os gargalos.
- Rotinas básicas: O gestor precisa saber como aprovar férias, licenças, solicitar recursos e reportar resultados.
- Acesso facilitado às informações: A centralização dos dados de RH e comunicação, como a proposta da Taggui RH, reduz dúvidas e agiliza decisões.

Conhecer o processo na prática evita erros que causam ruídos desde o início.
4. Desenvolvimento de competências e habilidades
Num cenário público, foram identificadas sete competências transversais essenciais ao bom desempenho de gestores (competências para alto desempenho). Na área privada, não é diferente.
- Treinamentos práticos: Sempre sugiro workshops de comunicação, feedback, escuta ativa e liderança situacional.
- Mentoria interna: Um padrinho ou líder mais experiente pode ser o apoio inicial em situações desafiadoras.
- Acompanhamento próximo: Pequenas reuniões frequentes servem para alinhar expectativas e oferecer orientação.
5. Feedback estruturado e acompanhamento
Essa etapa é, para mim, onde se colhe o resultado do processo. Mas não deve ser sinônimo de controle excessivo ou burocrático.
- Ciclos de feedback curtos: Prefiro retornos semanais no início, passando para mensais conforme o gestor ganha autonomia.
- Escuta genuína: O onboarding deve ser uma via de mão dupla, com espaço para compartilhar o que está funcionando e onde há dúvida.
- Planos de ação: Pequenas melhorias vão sendo ajustadas no percurso, sem medo de recalcular rota.

Feedback frequente é como bússola: orienta, corrige e motiva a caminhada.
Erros que já testemunhei no onboarding de novos gestores
Nestes vinte anos, já me deparei com alguns tropeços clássicos (e, honestamente, vez ou outra até cometi):
- Deixar o novo gestor “solto”, esperando que ele peça ajuda;
- Entregar excesso de documentos burocráticos, sem tradução para a rotina;
- Não apresentar a equipe de forma adequada;
- Focar só em resultados, esquecendo do lado humano da integração;
- Ignorar os feedbacks do próprio gestor sobre o processo.
Todos esses pontos acabam afastando o gestor da cultura organizacional. Com o gerenciamento das etapas dentro de uma plataforma centralizada como a Taggui RH, erros assim se tornam menos frequentes e a integração é mais fluida.
Resultados práticos de um onboarding bem feito
Após vivenciar e revisar muitos programas, arrisco dizer: gestores que passam por um onboarding estruturado tendem a engajar o time mais rápido, evitar falhas básicas e alinhar entregas com as expectativas da empresa já nas primeiras semanas.
Na administração pública, projetos de onboarding já capacitaram dezenas de líderes em pouco tempo, com ganhos em agilidade e preparo para a tomada de decisões (capacitação de lideranças), revelando que o cenário privado, mesmo com suas particularidades, pode colher resultados semelhantes.
Um ponto de atenção
Por vezes, o impacto do onboarding é subestimado ou tratado como um luxo para empresas de grande porte. Mas, sinceramente, vejo o oposto: empresas menores, quando investem nas etapas certas, conseguem transformar seus gestores em multiplicadores do bom clima e do rendimento do time desde o início. Plataformas como a Taggui RH tornam esse processo mais simples e possível até para times enxutos.
Líder bem integrado é time mais próximo do sucesso.
Conclusão
Em cada etapa do onboarding, o novo gestor tem a chance de encontrar segurança, clareza e acolhimento. O resultado? Uma liderança mais alinhada, confiante e, acima de tudo, comprometida com a cultura da empresa. Tenho visto a diferença que uma plataforma dedicada como a Taggui RH faz ao tornar esse trajeto menos burocrático e mais humano. Se você deseja transformar a chegada de cada novo líder em uma experiência marcante, vale conhecer as soluções que a Taggui RH oferece.
Perguntas frequentes sobre onboarding de gestores
O que é treinamento de onboarding para gestores?
Treinamento de onboarding para gestores é o processo estruturado de integração de novos líderes à cultura da empresa, suas rotinas, desafios e pessoas. O objetivo é acelerar a adaptação, evitar falhas iniciais e alinhar expectativas entre empresa e gestor, tornando a transição mais tranquila e eficiente.
Quais as etapas do onboarding de gestores?
As etapas mais comuns deste onboarding, com base em experiências de clientes da Taggui RH, são: acolhimento e integração pessoal; comunicação das responsabilidades e metas; imersão nos processos internos; desenvolvimento de competências e habilidades; e, por fim, feedback estruturado e acompanhamento contínuo.
Como funciona o onboarding para novos gestores?
Funciona como uma jornada com passos definidos, começando pelo acolhimento e indo até a consolidação do novo gestor com base em feedbacks e treinamentos. Ao longo dessas fases, o gestor recebe informações, apoio e oportunidades de desenvolvimento prático, normalmente acompanhadas de suporte do RH e sistemas especializados como o da Taggui RH.
Vale a pena investir em onboarding de gestores?
Em minha opinião, sem dúvidas. Estudos recentes no setor público brasileiro mostram que programas estruturados aceleram o desenvolvimento de competências e melhoram a atuação dos líderes já nas primeiras semanas (programa Onboarding na Administração Pública Federal). A experiência demonstra que esse investimento traz retorno rápido.
Quanto tempo dura o onboarding de gestores?
O tempo pode variar, mas observo que programas eficazes costumam durar entre 30 e 90 dias, com acompanhamento mais intenso nas primeiras semanas. Depois desse período, a integração vai sendo ajustada conforme o novo gestor ganha confiança e independência.
